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Intubação Nasotraqueal: Quando o Nariz é o Caminho Mais Seguro

Imagine um paciente que acabou de sofrer um trauma facial grave. Há sangramento oral intenso e fraturas mandibulares que tornam praticamente impossível abrir a boca. A ventilação está comprometida, e você, como profissional da saúde, precisa agir rápido. Nesse cenário, a intubação nasotraqueal pode ser não apenas uma alternativa, mas a única opção viável para garantir uma via aérea segura.

A intubação nasotraqueal é uma técnica onde o tubo endotraqueal é inserido através da cavidade nasal, alcançando a traqueia via nasofaringe e laringe. Ela é especialmente útil em cenários onde a abertura da boca é limitada ou contraindicada, como em fraturas maxilofaciais, trismo (espasmo muscular mandibular) ou em pacientes acordados que não toleram a abordagem oral.

Indicações comuns:

  • Cirurgias orais e maxilofaciais
  • Traumas faciais com impossibilidade de abertura da boca
  • Casos de ventilação prolongada onde se deseja maior conforto

Atenção aos detalhes: Antes do procedimento, o preparo das narinas com vasoconstritores (como a oximetazolina) é essencial para reduzir o risco de sangramento. Lubrificar bem o tubo e usar um guia (como o fio de cobre ou um broncoscópio) também são práticas recomendadas. O lado direito costuma ser preferido, pois a anatomia favorece uma trajetória mais linear.

Vantagens:

✅Maior estabilidade do tubo (menor risco de deslocamento)

✅Mais conforto para pacientes acordados ou sedados superficialmente

✅Permite procedimentos orais simultâneos

Riscos e complicações:

⚠️Sangramento nasal

⚠️Trauma nasofaríngeo

⚠️Sinusite ou otite em casos de intubação prolongada

OBS.: Segundo o Manual de Via Aérea Difícil da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), a escolha da via nasotraqueal deve sempre considerar a anatomia individual do paciente, a urgência da situação e a experiência da equipe.

🪙Dica de ouro: Em pacientes acordados, o uso de anestesia local com lidocaína, junto da sedoanalgesia leve, pode transformar uma situação angustiante em um procedimento tranquilo. O uso de broncoscópio como guia visual, embora requeira treino, é o padrão ouro para segurança.

Conclusão: A intubação nasotraqueal é uma técnica poderosa que, quando bem indicada e executada, pode salvar vidas em situações críticas. Saber quando e como usá-la é uma habilidade essencial para qualquer profissional que atua em emergências, centros cirúrgicos ou unidades de terapia intensiva.

“Conhecimento e preparo são a verdadeira diferença entre improviso e intervenção.” — Dr. Louremberg Janoca

Fonte:

  • Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). Manual de Via Aérea Difícil. 2022.
  • Miller’s Anesthesia, 9th Edition
  • UpToDate: “Nasotracheal intubation in adults”

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Dr. Louremberg Janoca

Médico Anestesiologista
CRM-SP: 220.589 | RQE: 126.452 | RQE: 19.441

Dr. Louremberg Janoca

Médico Anestesiologista
CRM-SP: 220.589 | RQE: 126.452 | RQE: 19.441

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